Programas e Ações da Secretaria de Esporte Cultura e Lazer
Programas e Ações da Secretaria de Esporte Cultura e Lazer
Publicado em 18/04/2018 18:48 - Atualizado em 22/09/2022 11:03
Projeto Zumba Ibirité
O Projeto Zumba Ibirité já está em plena atividae e conta com 21 núcleos em diversos bairros. Já são mais de 1.000 pessoas participando das aulas gratuitas.
As aulas de zumba são uma prática esportica que promove saúde, bem estar e lazer para todas as idades.
Campeonato Amador de 1ª e 2ª Divisões
Consiste na realização do campeonato de futebol amador pelos times do município, com apoio da secretaria em parceria com a Liga Esportiva de Ibirité.
Educação Patrimonial
A Educação Patrimonial conta com o Projeto Conhecendo Minha Cidade, desenvolvido em parceria com a secretaria de educação que visa informar, socializar e desenvolver com os professores e alunos da rede escolar dos ciclos I e II do Ensino Fundamental municipal e estadual, as informações da formação histórica do município, os bens materiais e imateriais tombados ou não e a importância de se garantir a manutenção da memória como parte da formação da cidadania e da construção da identidade de seu povo.
Arraial de Ibirité
Seguindo a tradição das festas juninas e julhinas, o Arraial de Ibirité tem por finalidade contribuir com as manifestações populares das festas juninas, quadrilhas, comidas típicas e a união familiar dos cidadãos, por meio da realização do concurso de quadrilhas e comidas típicas. O primeiro foi realizado em 2009 e para 2010 espera-se sua realização com a parceria de outras secretarias e entidades.
Jogos Escolares
Os Jogos Escolares é um programa esportivo / social que faz parte do Projeto Minas Esporte do Governo do Estado de Minas Gerais. É uma competição esportiva / educacional que conta com a participação dos alunos dos ensinos fundamental e médio. Os jogos acontecem em 04 (quatro) etapas e 02 (dois) módulos. O módulo I é disputado entre alunos de 12 a 14 anos e o módulo II com alunos entre 15 e 17 anos. São disputadas as modalidades: basquete, handebol, vôlei, futsal, atletismo, natação, judô, tênis de mesa, xadrez e peteca nas categorias masculino e feminino.
A 1º etapa é a municipal, organizada pela Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer. Os primeiros colocados de cada modalidade nos dois módulos seguem para a etapa microrregional. Os ganhadores seguem para a 3 ª etapa, a etapa regional. A última etapa é a estadual.
O objetivo do Programa é instrumentalizar as escolas, por meio da ferramenta pedagógica que dispõe, para valorização da prática esportiva escolar e a construção da cidadania dos jovens atletas, de forma educativa e democrática. O esporte contribui para aumentar o vínculo aluno-escola, diminuindo a evasão, possibilitando a identificação de novos talentos esportivos e contribuindo para a diminuição da marginalização infantil.
Projeto Show de Bola
O projeto Bom de Escola, Bom de Bola foi implantado em 1998 através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer. No ano de sua criação e implantação, foram detectados altos índices de repetência e desistência de crianças e adolescentes nas escolas do município. O objetivo do projeto é oferecer treinamento desportivo nas modalidades de futebol e futsal, além de acompanhamento pedagógico aos alunos e valorizar a prática esportiva como ferramenta contra a marginalização de crianças e adolescentes. O público alvo são as crianças e adolescentes de 07 a 14 anos.
Os alunos inscritos são orientados pelos monitores do projeto, com instruções sobre os fundamentos do futebol e do futsal. São dezenove (19) núcleos no município, monitorados por servidores e voluntários. As aulas / treinos são ministradas em dois turnos (manhã e tarde), às terças, quartas, quintas e sextas-feiras, distribuindo os alunos de acordo com os horários em que os mesmos estudam, ou seja, os alunos estudantes do turno da manhã treinam no turno da tarde e vice-versa. Aos sábados são realizadas partidas de futebol / futsal entre os alunos, como forma de avaliação e aprimoramento. Periodicamente é também realizado o Torneio Bom de Escola, Bom de Bola entre os núcleos participantes.
Patrimônio
Altar Nossa Senhora das Dores
Sex, 13 de Janeiro de 2012 15:03
Altar Nossa Senhora das Dores
Endereço: Igreja Matriz Nossa Senhora das Graças- Rua Vereador Orlando Costa Campos, Nº 36 Bairro Alvorada ( Capela do santíssimo sacramento) Ibiriré - MG
?Altar Nossa Senhora das Dores
O bem tombado pelo Decreto Municipal Nº. 1.897, de 27/12/2002 refere-se a um retábulo datado de 1778, final, do século XVIII, do período barroco, sendo parte de um dos retábulos laterais pertencentes à Matriz, de Boa Viagem, no antigo arraial de Curral Del Rei. Um dos retábulos foi incorporado ao acervo do Museu Histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte) e outro ao Museu da Inconfidência (Ouro Preto). Uma peça encontra-se na Igreja Matriz de São Gonçalo (Contagem) e a peça descrita acima, na Igreja Matriz Nossa Senhora das Graças (Ibirité). O referido bem veio para o nosso município em 1930, tornando-se então, a única peça deste período no município, passando a ser um elemento de divulgação da cultura e da história de Ibirité e de Minas Gerais.
A história que envolve esse retábulo é envolta em relatos e intervenções da população local. Inicia-se com a própria história da imagem de Nossa Senhora das Graças localizada em Rio Acima por volta de 1870 para a Fazenda da Pantana em Ibirité. Originalmente a imagem talhada em cedro constituía-se a representação clássica da imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém o povo desconhecia a representação iconográfica da imagem e passou a chamá-la de Nossa Senhora das Graças, atual nome da igreja Matriz de Ibirité.
Oculto á imagem de Nossa Senhora da Conceição, chamada Nossa Senhora das Graças, provocou a construção de uma pequena Capela para cultuá-la sendo construída em adobe.
Em 1930, uma nova Capela foi construída com tijolos e telhas. Esta pretendia ser a definitiva. Perceberam então, que o Altar destinado á “Nossa Senhora das Dores” era muito rústico e precisava de outro para compor a nova Capela; sendo assim o sacristão e agente dos correios Antônio Ferreira Barbosa resolveu ir a capital da Boa Viagem para pedir um dos altares laterais para a Capela de Ibirité. Barbosa conhecia bem a Boa Viagem, pois quando moço fora sacristão da mesma igreja.
Em Belo Horizonte, procurou Monsenhor João Martinho de Almeida, Deputado Estadual e Vigário da Boa Viagem e pediu o altar de São Miguel. Depois da demolição da Igreja, para a construção da Catedral, os altares estavam guardados em um barracão ao lado da Matriz.
Antônio Ferreira Barbosa, que além de sacristão, agente postal e carpinteiro, foi para Belo Horizonte, onde, durante semanas desmontou o altar, numerou as peças e conseguiu com comerciantes, caixotes para embalá-las.
Veio a dificuldade do transporte do altar para Ibirité. Não havia estrada de rodagem, somente caminhos de tropas.
Antônio Ferreira Barbosa procurou o engenheiro chefe da residência da Central do Brasil – Dr. Vítor de Freitas – e explicou que não tinha recursos para transportar o altar. Dr. Vítor foi muito atencioso, ordenando o transporte gratuito até a Estação Ferroviária de Ibirité. E para a condução até a Matriz reconstruída, Barbosa apelou aos donos de carros de boi, que colocaram as peças na Igreja em construção.
O altar ficou na Igreja Matriz até 1972, quando o terreno da Matriz foi desapropriado pela Rede Ferroviária Federal, para a construção do ramal Ibirité – Águas Claras, para o transporte de minério.
A paróquia foi levada a construir uma matriz provisória, atual Igreja São Judas Tadeu, em apenas quatro meses, para não interromper o culto e abrigar o precioso altar.
A Jornada Mineira do Patrimônio
A Jornada Mineira do Patrimônio é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura com o apoio dos municípios e de diversas instituições culturais de Minas Gerais, que consiste na realização simultânea, no mês de setembro, de diversos eventos de valorização da memória e do patrimônio cultural mineiro. Inserida na programação do ano da França no Brasil 2009 e inspirada pela experiência francesa das journées du patrimoine, realizadas naquele país desde 1984, busca incentivar e fortalecer a participação coletiva nas ações de preservação a primeira foi realizada em 2009 e para 2010 serão divulgadas novas informações posteriormente.
Fundação Helena Antipoff
Sex, 13 de Janeiro de 2012 14:59
Fundação Helena Antipoff
Endereço: Avenida São Paulo, N° 3996, Vila Rosário, Ibirité- MG
Histórico de Helena Antipoff
Helena Wladimirna Antipoff nasceu em Grondho, Rússia, em 1882, aos 25 de março, sendo seus pais o Capitão do Exército Russo, Wladimir Wassilevitch e Sofia Constantinova Stoianoff Antipoff.
Helena Antipoff aprendeu a ler e escrever, provavelmente, com os próprios pais, e , muito cedo, devorava coleções de livros infantis como os da Condessa de Ségur, dentre outros.
O Capitão, mais tarde General, não se lembrava, a não ser duas ou três vezes, de apenas ter indeferido para explicação de mais algumas palavras difíceis. O que se pode perceber são os impulsos que ela tinha em querer ensinar os outros . Crescendo e já revelando dons para o magistério, o pai treinou-lhe a identificação das primeiras letras e deixou que a menina continuasse sozinha a aprendizagem da leitura.
Helena era muito sociável. Desembaraçada e generosa com os colegas, freqüentava uma roda de amigos, geralmente, um pouco extravagantes, discutindo problemas e argumentando num nível bastante elevado para sua idade.
Aos treze anos, no segundo ciclo da escola secundária, Helena encontrava ótimos professores de nível universitário, como o de biologia, discípulo de Pavlov, que lhe despertou o gosto pela experiência científica.
Em 1909 Helena Antipoff fez a primeira saída de sua terra natal. Já existia uma atmosfera de descontentamento entre o povo russo.
Em meio à situação conflituosa, Sofia se transferiu para Paris com Helena e suas duas irmãs menores, Zinha e Tânia.
Em 1911 estava matriculada na Sorbonne. Tendo em vista o curso de Medicina. Com o tempo, deixa de freqüentar algumas aulas no famoso colégio de França, que estava franqueado ao público estudantil. Ao ouvir os cursos magistrais de Pierre Janet e Bérgson, sentiu que existia um estudo mais palpitante, que era a Psicologia.
Então Helena familiarizou-se com termos como “técnico de aplicação”, “tempo de aplicação” , “tempo de reação”, “desvio de padrão”, “índice de correlação” e a “motricidade”.
A não ser a nobreza, ligada ainda ao Czar Nicolau II, bem como militares, credenciados na corte, as demais camadas populares viam com maus olhos a fraqueza do monarca.
O pai foi o único a ficar, sendo promovido a general do exército russo e vindo a decair junto com exército do Czar em 1917, com o advento da Revolução Russa, e falecer anos após a Revolução.
Ainda em 1917, Helena Antipoff conheceu o escritor Victor Iretzky, com quem se casou informalmente em 1918.
Em 1919 Victor Iretzky foi preso, o que fez com que Helena tivesse grande dificuldade para criar o seu filho Daniel. Em 1922 Victor Iretzky partiu para o exílio na Alemanha, em Berlim. Helena foi ao seu encontro em novembro de 1924, vindo a ficar um ano na Alemanha e voltando a morar em Genebra em 1926, a sede de seus estudos pedagógicos psicológicos, centro mundialmente respeitado de ciências da educação. Helena Antipoff ensinou na Universidade, sendo assistente de Claparéde, e vindo a conviver com personalidades como Jean Piaget.
Na sua generosidade, com os pagamentos recebidos, remetia dinheiro ao marido, na Alemanha, frequentemente doente, à mãe em Paris e ao Pai na Rússia, até que no verso do envelope encontrou a informação de que este fora encontrado morto.
Helena Antipoff em 1928 ministrava aulas na Universidade de Genebra, quando recebeu através do Dr. Alberto Álvares da Silva, emissário do Governo do Brasil, o convite para integrar a equipe de reforma do ensino normal. Helena indicou o Prof. Leon Walter por um ano, para substituí-la na Escola de Aperfeiçoamento em Minas Gerais.
Em 1929 com o regresso de Walter, Helena partiu para o Brasil, assumindo a cadeira de Psicóloga da Escola de Aperfeiçoamento Pedagógico de Belo Horizonte (1929-1945), onde fundou o primeiro Laboratório de Psicologia do Brasil e se interessou pela criação do Museu da Criança e Estudos da Criança Brasileira.
Em 1935, conseguiu do Governador do Estado de Educação, Dr. Noraldino de Lima, a criação do Instituto Pestalozzi de Belo Horizonte.
Em 1939, adquiriu os sítios Pantana e Sumidouro, dando origem à Fazenda do Rosário, escola-granja, para os adolescentes egressos das escolas excepcionais.
Em 1946 pressentindo que o governo de Minas não lhe parecia disposto a renovar-lhe o contrato de trabalho, aceitou o convite do Ministério da Saúde, através do Dr. Gustavo Lessa, para uma experiência no Rio de Janeiro, onde Helena Antipoff foi responsável pela criação do Centro de Orientação Juvenil da Sociedade Pestalozzi do Brasil, das Oficinas Pedagógicas e das APAES.
Em 1947 Helena Antipoff iniciou sua viagem de volta à Minas Gerais, vindo a encontrar com o Governador do Estado, que estava interessado numa reforma educacional, vindo a surgir os primeiros entendimentos sobre os Cursos de Treinamento de Professores Rurais e de uma Escola Normal Rural, na Fazenda do Rosário, que aconteceu em 1948 e 1949.
Em 1955, realizou mais uma etapa de seus sonhos, inaugurando o Instituto Superior de Educação Rural – ISER, com objetivo de formação de professores para as Escolas Normais Rurais e à pesquisa científica que evoluiu para a técnica de psico-diagnóstico de sua própria autoria no Laboratório de Psicologia Edouard Claparéde.
Em 1969 criou a Associação Comunitária do Rosário para Desenvolvimento e Assistência ,registrada em 03/07/69.
Em 1970 o ISER se transformou em Fundação Estadual de Educação Rural Helena Antipoff, hoje Fundação Helena Antipoff.
Em 1972 Helena Antipoff criou a ADAV, preocupada com a necessidade de introduzir algo para os bem-dotados e talentosos do meio rural e suburbano.
E em 09 de agosto de 1974, Helena Antipoff, a fundadora de todas as obras da Fazenda do Rosário, adormeceu para sempre, sendo enterrada no Cemitério do Canal, em Ibirité.
Gruta de Nossa Senhora Aparecida
Gruta Nossa Senhora Aparecida
Endereço: Praça em confluência das Ruas Alcina Campos Taitson e Afonso de Matos
GRUTA DE NOSSA SENHORA APARECIDA
Era costume, no Brasil, como em Portugal, a ereção de cruzeiros, especialmente nos altos dos morros, na impossibilidade de construções de Capelas.
Ibirité não fugiu ao costume, e erigiu alguns cruzeiros. O mais conhecido é o cruzeiro de Pedra Grande, na primitiva Vargem da Pantana no final da chamada Rua Freitas e Oliveira, conhecida também como Rua Velha.
Na falta de chuvas se faziam rezas aos pés dos cruzeiros, onde os devotos levavam vasilhas com água, que jogavam aos pés do Cruzeiro como forma de penitência para suplicar chuvas. Freqüentemente os pedidos eram atendidos e já levavam guarda-chuvas para se protegerem na volta das rezas, certos do atendimento e suplicas penitenciais.
Entre os anos 1967e 1970, durante a administração do prefeito Tonico Pinheiro Dinis, foram enviados recursos financeiros do então governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro para alargamento da antiga rua, havendo a necessidade de remoção do cruzeiro para a pavimentação do local.
Como a remoção poderia causar estranheza ou mesmo protesto da população o prefeito expôs o problema ao pároco de Ibirité, padre José Campos Taitson que lhe sugeriu a construção de uma gruta em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, em substituição ao cruzeiro. Foi feito o projeto, com estrutura triangular e possuindo superfície composta por pedras roladas, retiradas das margens do rio das Velhas na localidade de Borges entre Sabará e Santa Luzia.
A gruta e a imagem receberam iluminação apropriada, e no espelho d água foram lançados peixes ornamentais, que não permaneceram no local. Na parte mediana encontra-se a base com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Já na parte superior, há um arco sustentando uma cruz branca. O material utilizado na confecção da gruta, basicamente é aço, vidro e pedra.
Para a benção da imagem e inauguração da gruta foi convidado o Arcebispo de Aparecida – Cardeal Mota – que o fez em uma noite chuvosa.
Desde então, a gruta é local de devoção para os moradores de Ibirité. A gruta é reconhecida como uma fonte de benção para a população Católica de Ibirité. O Tombamento em 26 – 03- 04 através do decreto nº.1970 propicia sua proteção, conservação e preservação, garantindo condições de funcionamento, apreciação, vivência estética e contemplação da mesma, pois a gruta é de suma importância para a memória do povo de Ibirité.
Estação Ferroviária
Estação Ferroviária
Endereço: Rua Arthur Campos, sem número, Bairro: Centro.
Histórico da Estação Ferroviária de Ibirité
As movimentações para a construção da Estrada de Ferro Central do Brasil – Ramal do Paraopeba se iniciaram em 1910 quando se sentiu a necessidade da construção da linha de trem que passasse pelo Vale do Paraopeba, ou seja, uma linha que saísse da linha do centro em Congonhas, passasse pelas várias cidades do Vale do Paraopeba (região mineradora) e voltasse a reencontrar com a linha do centro em Belo Horizonte.
Os grandes depósitos de minério de ferro existentes no Vale do Paraopeba é que determinaram a construção do Ramal do Paraopeba, da Central do Brasil, que saia da Estação de Joaquim Murtinho, no Município de Congonhas, até Belo Horizonte e General Carneiro, onde se encontrava novamente com a linha do Centro, ou seja, um desvio que passa pelo Vale do Paraopeba.
O começo da construção da Estrada de Ferro Central do Brasil, no ramal do Paraopeba em 1910 fez com que a população tivesse uma tendência de crescimento e diferenciações.
Em Ibirité, mesmo que de forma lenta a população deixou de ser apenas descendentes de sesmeiros e escravos, para aglomerar representativa parte de pessoas adventícias que vinham para a construção da Estrada de Ferro e acabaram por ficar na região.
A Estação Ferroviária de Ibirité foi inaugurada em 1917, mesmo ano em que a linha do Paraopeba atingiu Belo Horizonte, com 21 quilômetros de extensão até a Capital.
Foi a partir da inauguração da Estação Ferroviária de Ibirité, com distância de 613,135 km do Rio de Janeiro, 883 metros de altitude, em relação ao nível do mar e inaugurada em 20/06/1917, que ocorreu um desenvolvimento econômico notável na região, pois o Distrito de Ibirité até então contava apenas com atividades como a agricultura, a pecuária e demais atividades primárias, que de certa forma deixava a população local espalhada por todo o distrito, impedindo a formação clara de um centro urbano.
Ibirité se inseriu neste importante empreendimento, proporcionando grande impulso de caráter social e econômico, possibilitando assim, grande abertura à modernização.
No decorrer das décadas, várias empresas se instalaram na cidade, sendo todo este processo de instalação de empresas explicado pela existência da Linha Férrea, que proporcionou acesso e transporte facilitado também de passageiros, produtos hortifruti e animais, uma vez que em tempos passados o transporte rodoviário era complicado e quase ausente.
A formação do centro de Ibirité se deu próximo à Estação Ferroviária, pois a Prefeitura, o Fórum, a Igreja Matriz e o Centro Comercial ficam nestas proximidades, o que leva a uma percepção da importância que a Estrada de Ferro teve para Ibirité, trazendo para a cidade como foi dito empresas, pessoas e desenvolvimento, uma vez que a Estrada de Ferro significou a ligação de Ibirité a várias outras Cidades e Estados.
A Central do Brasil começou a morrer quando foi criada a Rede Ferroviária Federal, pela lei nº. 3115 de 16 de março de 1957. Com isso, o passar dos anos fez com que a Central do Brasil fosse perdendo sua identidade, suas linhas deficitárias começaram a ser erradicadas e outras segmentadas, passando a fazer parte dos outros sistemas.
Hoje em dia, os sistemas suburbanos que foram parte da lendária Central do Brasil funcionam de forma separada. Foram segregados os sistemas de passageiros e os de carga, sendo que o sistema de passageiros de longo percurso foi erradicado em 1998.
A linha de Bitola Larga, está arrendada à MRS Logística S.A, com suas linhas indo desde Minas Gerais até o porto do Rio de Janeiro, Sepetiba e à ilha de Guaíba em Mangaratiba, e a antiga linha de bitola métrica da Central do Brasil foi arrendada pela Ferrovia Centro Atlântica – FCA.
A história da Estação Ferroviária é um relato de muitas idas e vindas, despedidas e reencontros, que colaboraram para as mudanças ocorridas em Ibirité e em muitas cidades mineiras.
Por isso a Processo de Tombamento da Estação Ferroviária em nível municipal, objetivou reunir informações para preservação do bem identificado como portador de enorme valor afetivo para a comunidade de Ibirité.
Tal iniciativa levará a vivência estética e contemplação do mesmo. A mobilização ao longo dos tempos da sociedade civil ibiriteense, trouxe o resgate deste bem que é tão representativo para a nossa sociedade.
Em 2009 a Estação Ferroviária foi totalmente reformada e se encontra em ótimo estado de conservação, com projetos para se tornar a Casa de Cultura de Ibirité.
Casa Sede ADAV
Casa Sede ADAV
Endereço: Rua João de Deus, Nº 355, Canal, Ibirité-MG
HISTÓRICO DA CASA SEDE DA ADAV
Esta Associação denominada “Associação Miltom Campos de Assistência e Desenvolvimento às Vocações dos Bem-Dotados”, foi criada em 1972 após ser levantada a idéia da consolidação de uma Associação de apoio aos bem-dotados, idéia de Helena Antipoff, preocupada com a necessidade de introduzir algo para o amparo a jovens talentosos, principalmente do meio rural e das classes menos favorecidas, permitindo-lhes que desenvolvam aptidões inatas e encontrem suas naturais vocações.
Pois foi somente em 1971, portanto quase 40 anos depois que a educadora Helena Antipoff, então próxima aos seus 80 anos, declarou publicamente que não desejava terminar seus dias antes de lançar as bases de um sólido movimento educacional, orientado para os bem-dotados e talentosos no Brasil, sob a inspiração dessa decisão foi realizado o “Seminário Nacional para Educação dos Superdotados” em Brasília, em 1971.
“Em 15 de agosto de 1972 iniciou-se o movimento pró bem dotados. O trabalho concreto foi de certo modo imposto pelo Seminário convocado em outubro de 1971 pelo Departamento de Ensino Complementar do MEC,em Brasília. Nas conclusões e sugestões desse certame, dois tópicos visavam direta e os tentativamente o compromisso da Fazenda do Rosário, Ibirité, Minas Gerais, a passar da fase puramente teórica de estudos mais ou menos abstratos, para a fase de realização concreta. E, apesar de estarmos longe de nos sentirmos preparados para isso empunhamos corajosamente o gládio da ação numa realização prática”.
Em 11 de Abril de 1973 foi feita a primeira reunião para que os primeiros passos de concretização das idéias fossem tomados. Nesta reunião estiveram presentes educadores e pessoas interessadas no problema[1].
Após algumas reuniões ficou decidido que a sede seria no terreno comprado da ex-guarda civil da Secretaria de Segurança, que tinha como Presidente o Sr. Hélio Jardim. No terreno já existia a Casa Sede construída e cinco galpões cobertos e fica localizado na Rua João de Deus, nº. 355 , Bairro Canal.
Para a venda do terreno que pertencia ao Clube Social Recreativo dos Guardas Civis de MG, o Presidente do Clube, o Senhor Hélio Jardim convocou os associados para uma Reunião Extraordinária Especial, que aconteceu no
Auditório da Academia de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, no dia 25 de julho de 1973 às 19:00 horas, para que fosse tomada a decisão de vender o Terreno que se chamava “Chácara Ibirité” , atual ADAV .
A reunião foi direcionada pelo Presidente Hélio Jardim e pelo Vice-Presidente Expedito Maria Santos, vindo a contar com a presença de oitenta e oito sócios, sendo dentre eles: sócios fundadores, sócios contribuintes, sócios correspondentes, sócios beneméritos, sócios honorários e sócios colaboradores.
Logo após, ficou decidido na reunião, que o terreno poderia ser vendido pelo valor mínimo de CR$ 200.000 (duzentos mil cruzeiros), para liquidar débito hipotecário com a Caixa Econômica Federal e o restante do dinheiro seria dividido entre os sócios.
O Projeto da nova Associação amadureceu rapidamente em encontros de que participaram educadores e pessoas de diversas profissões, todos motivados pelo desejo de colaborar em um esforço coletivo que impedisse o desvirtuamento e a marginalização de inteligências e vocações que, reconhecidas a tempo, estimuladas e assistidas, pudessem se tornar valiosas em termos de auto-realização e de contribuição para o bem comum.
O trabalho preliminar, realizado a título experimental consiste no “Projeto Circula” de Civilização Rural, Cultura e Lazer, desenvolvido a partir de agosto de 1972, na fazenda do Rosário, no esquema de colônias de férias.
A ADAV inicialmente, através de seu Projeto Circula, propôs oferecer a jovens bem-dotados ambiente físico, educativo, cultural e social, que estimulasse e propiciasse o desenvolvimento de suas personalidades. As atividades programadas incluíam o conhecimento científico, o cultivo das artes, a formação moral e cívica, a educação física, o lazer e o estímulo à criatividade.
O atendimento ao Bem-Dotado foi abordado através dos encontros, cujo objetivo principal era estimular a revelação do talento e capacidade, através do convívio co outros Bem-Dotados,do contacto com pessoas capazes, auto-realizadas e produtivas, além da exploração de idéias sobre si próprio, os outros e o mundo. Outro objetivo era proporcionar atividades de enriquecimento de experiências, conhecimentos e criação aos Bem-Dotados, através de um variado elenco de atividades.
De 1973 a 1983 a ADAV realizou 27 encontros de Bem-Dotados, uma média de 2,7 encontros ao ano. Esses encontros representaram 143 dias de trabalho com atendimento a 293 crianças, uma média de 5 dias de duração para cada encontro, totalizando quase 14 dias de trabalho ativo por ano no Sítio da ADAV com crianças Bem-Dotadas, considerando o período de preparação de mais 40 dias.
Muitos destes adavianos preenchiam seu tempo estudando, praticando esportes, trabalhando, tocando instrumentos musicais, dando aula particular, freqüentando cursos, lendo, ouvindo música, assistindo TV, escrevendo, pintando, desenhando, bordando, indo ao clube, viajando, ajudando em casa, ajudando a Igreja e outros.
Como projeto de vida, a maioria tinha como grande objetivo continuar os estudos, ajudar a família e trabalhar.
Segundo o primeiro estatuto da Associação, a ADAV tinha como principal objetivo identificar o “Bem Dotado”, estudar seus fatores hereditários, estudar seu meio familiar, social e escolar, proporcionando-lhes ambientes sadios, oferecer condições de concretizar sua vocação e preservar-lhe a saúde física, mental, moral e espiritual.
Foram membros fundadores da ADAV e primeira Diretoria em 1973:
Presidente de Honra: Professora Helena Antipoff
Presidente: Dr. Caio Benjamim Dias
1º. Vice-Presidente: Dr. Francisco de Assis Magalhães Gomes
2º. Vice-Presidente: Dr. José Maria de Alkmim
1º. Secretário: Dr. Hélio Durães de Alkmim
2º. Secretário: Prof. Maria Alves Teixeira
1º. Tesoureiro: Dr. Ademar de Carvalho Barbosa
2º.Tesoureiro: Dr. Raul de Castilho Filho
1º. Coordenador de Relações Públicas: D. Olga Campos Simão
2º. Coordenador: D. Maria Glecy Pimentel Dias
Suplentes: 2º. Vice-Presidente: Dr. Michel Elias Farah
2º. Secretário: Prof. Lidimanha Augusta Maia
2º. Coordenador de Relações Públicas: D. Clara M. Gomes.
Conselho de Curadores
Presidente: Dr. Clóvis Salgado da Gama
Vice-Presidente: Dr. Ruy de Castro Magalhães
Secretário: Dr. Adão José Bortoni.[2]
A ADAV ganhou destaque no cenário educacional brasileiro com a realização de “Encontros de Bem-Dotados” em regime de tempo parcial, atendendo as crianças e adolescentes, além de ter oferecido os primeiros cursos de educadores de Bem-Dotados do Brasil. Participou de eventos Educacionais em várias regiões do Brasil, como por exemplo no I Seminário Nacional dobre Superdotados (MEC) em Brasília em maio de 1974, Encontro de Especialistas na Área de Superdotados no Rio de Janeiro, em outubro de 1974,Seminário de Educação de Bem-Dotados em Belo Horizonte, em outubro de 1974, Seminário das Sociedades Pestalozzi em Fortaleza,em agosto de 1978, Seminário Nacional sobre Superdotados em São Paulo, em Agosto de 1979 e IV Seminário Nacional sobre Superdotados em Porto Alegre, em outubro de 1981[3].
Atualmente são realizados encontros aos sábados e colônia cultural em tempo integral nas férias, por aproximadamente 10 dias. Algumas das atividades realizadas são: Projeto de Xadrez, Espanhol, Horta, Artesanato, Resgate de Brincadeiras Antigas, o Projeto Incluir, que propõe o estudo de doenças físicas e racismo, além do Projeto Circula (Civilização Rural, Cultura e Lazer), referência de todos os trabalhos realizados na ADAV, pois atinge todos ao vários segmentos da atividade humana, inspirando-se no “ideal de uma educação criadora, de busca de valores e no engajamento da ação”.
Além desses projetos foi celebrado no dia 30 de novembro de 2006, convênio entre Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás, Serviço de Aprendizagem Industrial – SENAI e Associação Milton Campos para Desenvolvimento a Vocações de Bem-Dotados de Minas Gerais – ADAV, para implantação de Unidade SENAI no Município de Ibirité, colaborando assim para a formação profissional, o estímulo à educação de jovens bem dotados e cidadãos e o incentivo à educação.
A Diretoria atual da ADAV está composta da seguinte forma :
Presidente: Lêda Maria da Costa
Vice-Presidente: Ottília Braga Antipoff
Tesoureira: Maria José Aparecida Lopes
Vice-Tesoureira: Daura Estelita Marques Rodrigues
Secretária: Filomena de Fátima da Silva
Vice-Secretária: Vanda Ferreira da Silva
Conselheiros: Antônio Humberto Pereira, Tiago Cardoso Penna e Maria Carmen Ximenes
Suplentes: Carla Pereira, Geralda Majelita Borges Ladeira e Orlando Vaz.
Atualmente está sendo feito o trabalho de reorganização e estudo do acervo arquivístico da ADAV. Segundo a Presidente Lêda Maria da Costa, o interesse, é que a Associação faça um atendimento mais efetivo aos superdotados objetivando atendimento também durante a semana, com aulas de teatro e previsão de parceria com o SENAI o funcionamento desta unidade com cursos profissionalizantes em várias áreas.
A Casa Sede está funcionando como centro arquivístico e bibliográfico, além de sala de encontro da Diretoria, com possibilidade de ser também uma casa de acompanhamento pedagógico aos alunos, que estão em fase de recadastramento e matrículas.
[1] Documentos (Livro de Ata)
[2] GUENTHER, Zenita Cunha; ANTIPOFF, Daniel I. ANTIPOFF. Dez Anos em Prol do Bem-Dotado. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Belo Horizonte,1984. 178p.
[3] GUENTHER, Zenita Cunha. ANTIPOFF, Daniel I. ANTIPOFF. Dez Anos em Prol do Bem-Dotado. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Belo Horizonte, 1984.178p.
Capela Nossa Senhora do Rosário
Capela Nossa Senhora do Rosário
Endereço: Avenida São Paulo, Nº 2271, Fazenda do Rosário, Ibirité-MG
A Capela de Nossa Senhora do Rosário está localizada no Bairro Rosário, às margens da Avenida São Paulo nº2435 na propriedade da Associação Pestalozzi de Minas Gerais a qual pertence. Tombada através do decreto Municipal nº 1972 de 26 de Março de 2004.
Projetada pelo arquiteto Daniel Perti, a pedido da diretoria da sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, sob a presidência de D. Helena Antipoff, a construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário teve início em Setembro de 1942. Não há um registro exato de quando foi concluída, mas existem fortes indícios de que teria sido por volta do ano de 1947.
Se considerarmos que D. Helena Antipoff iniciou suas atividades na Fazenda do Rosário em Ibirité em 1º de Janeiro de 1940, poderemos concluir que a edificação da Capela teve caráter prioritário, uma vez que o projeto geral era extenso e complexo. Poderemos constatar também sua preocupação em dar um sentido espiritual a sua obra. Numa demonstração de respeito às crenças
religiosas, costumes tradições da localidade por ela escolhida, D. Helena providenciou a construção de um templo para realização dos ritos da Igreja Católica Apostólica Romana, com intuito de promover a fé católica dos internos e moradores da região. Vale considerar que sua religião era a católica Apostólica Ortodoxa, ramo dissidente da Católica Romana.
Conforme já ficou registrada, a construção da Capela teve inicio no alvorecer do que se constitui o extenso e complexo Centro de Educação Especial da Fazenda do Rosário. E para que o projeto fosse concluído não faltaram contribuições das professoras antigas alunas de D. Helena, cada uma doando cinco mil réis. E não faltou também a participação dos primeiros alunos da Fazenda do Rosário que colaboraram com o trabalho braçal. Pe. Álvaro Negromonte, então Vice Presidente da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, orientou a construção sob o ponto de vista religioso e muito colaborou na busca de recursos.
A escolha do local obedeceu aos costumes da época, inclusive o da edificação do templo no local mais alto da propriedade. Dessa maneira o tanger dos sinos podia ecoar pelos vales e baixadas da redondeza chamando os fieis para o culto divino. Durante várias décadas a capela de Nossa Senhora do Rosário foi o templo escolhido para a realização de festejos de caráter religioso. Era lá também que as alunas internas da Escola Normal e as menores internas da Fazenda do Rosário assistiam missa, recebiam sacramentos, enfim, cultivavam a sua religiosidade.
Outras igrejas católicas foram construídas nas proximidades ao mesmo tempo em que proliferam com espantosa rapidez os diversos cultos evangélicos com seus templos construídos quase sempre em tempo recorde. Tudo isso somado à invasão da área denominada Sumidouro, mais o trânsito excessivo na rodovia MG 040, fizeram com que a freqüência de católicos á antiga Capelinha diminuísse consideravelmente. Atualmente a Associação Pestalozzi empresta o templo para católicos da Vila Sumidouro (Recanto das Árvores) e os residentes do bairro Jardim Rosário. As missas são celebradas aos domingos além de diversas outras atividades durante a semana, tais como catequese e encontro de jovens.
A Associação Pestalozzi continua sendo a única responsável pela manutenção, limpeza e conservação do prédio e seu entorno. E apesar de seu funcionamento haver diminuído a velha Capelinha lá esta, no alto do morro, atestando que a fé e a esperança daqueles que lutaram por sua por sua edificação, continuam acesos como lâmpada votiva, levando a levando a Deus a homenagem daqueles que o reconheceram como criador do Universo.
Descrição e Análise do Bem Cultural
A Capela de Nossa Senhora do Rosário é um prédio típico da década de 1940. É composta por uma porta principal de madeira, uma porta lateral, 06(seis) janelas com grades e vidros. O material empregado para sua construção é composto fundamentalmente de tijolo, madeira, vidro, aço, pedras e dois tipos de cerâmica.
Na parte frontal, vê-se uma torre, composta por 01(um) sino e 01(um) vitral redondo com uma cruz ao centro. Na parte superior da torre encontra-se uma cruz de metal. Na área externa, uma ampla área verde com predominância de coqueiros da espécie macaúbas, comuns na região.
Em seu interior vários bancos em madeira, 09(nove) imagens sacras, 01(um) sacrário, além da mesa do altar. As lâmpadas são as de modelos fluorescentes. A parte superior interna não possui forro.
por Comunicação